sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O presente dos presentes

Depois de tanto tempo, volto a escrever. Quem escreve contribui, e é o que quero ser  daqui pra frente: um cara que ajuda. Bom, então comecemos.

O ser humano usufrui de uma capacidade intelectual, que outros seres somente aproximam, como macaco, golfinho (do que eu vejo  como bons exemplos de inteligência, assim posso simplificar); e outros como cachorro (que tende a ter um amor desmedido pelo dono, ou próximo dele). E, e mesmo com essa notória diferença, geralmente usam apenas 10% dessa capacidade. Nesses mesmos 10%, foram capazes de criar coisas  surpreendentes. E, ainda criam. 

Nesses mesmos 10%, podemos associar os sentidos as lembranças, sonhos, aspirações. Ao som de "o Magnum mysterium", eu pude imaginar um céu. Mais precisamente: o momento em que todo esse céu, ecoa uma canção. A canção dos 144 mil (Ap. 14v3). Eu sei, que temos divergências, você que lê e eu; mas compartilhamos do mesmo desejo: algo melhor do que vemos e vivemos, algo além de nossa finita compreensão; algo muito maior que nos.

Enquanto, este coral entoa essa canção, que não conheço (na verdade: ninguém), não é perceptível aos meus olhos a visão do castos que compõem este coral (é nessa hora que peço a Deus para que abra-os...rs), mas,  que esse coral está inundado pela glória de Deus, por estar diante do trono. E, ela quase é palpável, como se me abrasasse. Isso, somente por eu escutar uma bela canção, que leva a minha mente para o que mais anseio.

O céu é como um presente dado a uma criança, numa manhã de Natal (sei que você pode discordar, mas vamos seguindo o fio da comparação, ok), após ela se banquetear, se divertir madrugada a fora com seus primos, tios, pessoas que gosta; e, depois de tanto tempo, acorda sem lembrar que hora acabou a pilha, adormeceu e como voltou a si na sua cama. Com todo ímpeto, levanta e visita a árvore ardonada, com os pés abraçados de presentes alheios, a procura do que espera encontrar um embrulho com seu nome. Ela imagina que tenha algo que mais deseja. A emoção de encontrar o embrulho só pode ser superada pelo que o embrulho esconde.

Você que crê,  confia e espera pelo cumprimento da promessa do Comprador dos nossos pecados,  imagina um céu de um ângulo diferente do meu. Mas, a confiança e a esperança  da promessa é a mesma. Um lugar, onde nossa finita mente incapaz de, normalmente exceder 10% de capacidade intelectual, não alcança. Uns acreditam ser impossível existir um lugar, decorrentes de horrores da humanidade e suas conseqüências. Mas, tão certo como o Sol brilha sobre as nuvens de um dia tempestivo, esse Céu existe, para quem deseja o mais sublime presente. A prazer inenarrável da companhia do Senhor. 

O céu não seria nada sem o Senhor. Nenhum lugar, por mais que fosse maravilhoso aos olhos, sem o Altíssimo, nada seria. Nossos olhos, no momento, são cegos ao trono dEle. Mas, quem já teve a primazia de contemplar o trono do Senhor, tem a mais viva certeza de que,  são "as pessoas que fazem o lugar"; e a promessa do Nosso Senhor é de que: Ele vira buscar quem abre a porta do coração, para nele fazer morada. E a eternidade só é o início, depois: só eternizando para saber.

Neil Armstrong